Às vezes acho que estou em um looping eterno entre "está tudo bem" e "está tudo muito mal", é uma montanha russa incontrolável, que me faz descer e subir todos os dias, não sei ao certo as definições de cada estágio que é estar neste parque de diversão chamado vida.
Eu entro e saio do meu estado de espírito, me reencontro e desencontro, me dou forças, conselhos, me dou abraços... afeto. E também me dou a chance de viver a flor da pele, me ponho em risco, me risco, me desenho e redesenho. Nem sou mais eu.
Depois de tudo que vivi, concluo que aquela ponta de esperança que me mantém de pé é o verdadeiro sentido da vida e hoje, aqui, agora, com os pés no chão eu entendo que nem tudo pode ser contemplado da maneira que achamos, momentos talvez não possam ser vividos como pensamos e pessoas podem não ser quem idealizamos.
É nessa ponta de esperança que me agarro para dar um passo de cada vez e ir resgatando aos poucos as cores que arrancaram de mim de acordo com as situações que me aconteceram.
Pode não estar tudo bem, mas vai ficar tudo bem, e se estiver tudo bem, ta tudo bem, não há motivos para procurar tristezas. As cores voltam, a chuva passa, a flor floresce e eu? Eu cresço, apesar de ter que estar no chão a maioria das vezes, para aprender que a queda também é um processo de caminhada.